Como evitar as abobrinhas das redes sociais e acertar na comunicação
A comunicação nas redes sociais precisa ser pensada para diferentes perfis. Mais do que isso, é preciso entender cada plataforma para se dar bem na “feira” digital
A maior parte das redes sociais surgiu como uma forma de manter contato com amigos antigos, descobrir novas amizades que tenham os mesmos interesses e mostrar pequenos momentos da vida ou slices of life, como falam na gringa.
A partir daí, as empresas fizeram uma conta básica: uma rede social é igual a um aglomerado de pessoas, que é igual a um potencial gigantesco de visibilidade e lucro.
Isso se a plataforma for bem utilizada para comunicar positivamente os serviços oferecidos por essas companhias. E assim as redes sociais se transformaram também em canais de compra e vitrines.
Mas engana-se quem acha que toda as redes sociais têm o mesmo perfil e, por consequência, aceitam “comunicação ctrl + c, ctrl + v”.
Se você pretende atuar dentro dessas plataformas, saiba que elas possuem discursos completamente diferentes entre si e cabe a você adequar os conteúdos para que tudo faça sentido.
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É preciso saber a diferença entre padronização de texto e padronização de conceito. Na primeira, temos um mesmo texto para todos os lugares; já na segunda, temos uma única mensagem-chave, mas diversas formas de transmiti-la, de acordo com o meio de divulgação escolhido. Parece óbvio, mas muitas empresas erram o alvo já nesse quesito.
Não funciona, por exemplo, postar conteúdos quilométricos e técnicos no Instagram. O formato dessa rede social e as preferências das pessoas que a utilizam não tem um fit (adequação) com esse tipo de abordagem.
O ideal seria, então, usar o Linkedin ou o Facebook. Quer divulgar pílulas de informação breves e objetivas, mas sem deixar de lado a informalidade? O Twitter é a sua plataforma. Tem conteúdo interessante o suficiente para produzir um vídeo sobre o assunto? O Youtube está aí para isso.
Isso mostra a importância de uma estratégia de comunicação baseada nos objetivos de negócio da própria empresa. Para fazer com que as redes sociais trabalhem para você seguindo essa estrutura definida a partir de um conjunto de metas, é preciso ter uma equipe que saiba transitar sem atropelos por cada plataforma.
Manter a essência da companhia sem deixar de buscar novas formas de alcançar o seu público é o principal desafio. Seja com textos, imagens, vídeos ou até mesmo GIFs, é preciso que o conteúdo converse com quem te segue e também com o restante do seu próprio calendário de publicações de forma coerente.
Muita gente pensa que, ao promover um post em alguma rede social, já está fazendo o suficiente para garantir o sucesso do conteúdo, sem precisar se preocupar com o que o conteúdo em si está falando.
Outro erro comum: é preciso primeiro analisar e entender o comportamento e as demandas do seu público, o que você quer atingir com aquela publicação específica, e depois segmentar o investimento a fim de impactar as pessoas certas para que a sua meta seja alcançada de forma eficiente.
É uma lógica simples: se você odeia abobrinhas e alguém tenta te convencer de forma insistente que você tem que comer porque essa pessoa está investindo dinheiro nisso, você provavelmente não vai aceitar e ainda vai ter mais desgosto ao pensar nos benditos legumes. Portanto, o ideal é não falar (sobre) abobrinhas a quem não tem interesse e evitar, assim, futuros pepinos.