Como ser criativo? Dizem por aí que a criatividade é a energia que acende a lâmpada das ideias. O estalo no cérebro. O “eureka!”. Mas o que é essa criaturinha chamada criatividade? De onde vem a criatividade?
Criatividade é a capacidade de uma pessoa de criar algo inédito. É uma habilidade presente em todos nós e pode ser treinada. Não é um dom reservado a gênios de muita sorte e não está relacionada apenas a grandes descobertas científicas e artísticas. Pequenas invenções, como uma receita nova, a criação de uma logomarca, a concepção de um conceito para um vídeo institucional, entre outras coisas do dia a dia, também são fruto da criatividade.
Algumas pessoas dizem “eu não sou criativo nunca”, mas não é bem assim. Todo mundo tem uma capacidade inventiva, mas nem sempre ela é “convidada a aparecer”. Em muitas situações, e mesmo profissões, criar coisas novas não é uma habilidade valorizada.
Por que profissionais das áreas de arte e comunicação são tachados como os criativos? Por que a prática da criatividade é uma constante na vida dessas pessoas. Faz parte do dia a dia deles criar conceitos visuais, jingles, ensaios fotográficos. Eles são estimulados a criar (embora muitas vezes o ambiente laboral não seja o mais propício para isso) e reconhecidos pelas suas ideias.
O autor e especialista em criatividade Ken Robinson conta que o sistema de ensino aniquila a criatividade e que a gente nasce criativo mas vai perdendo essa capacidade ao longo da infância. Nesse TED Talk, que é o mais visto de todos os tempos, o palestrante defende a criação de escolas que estimulem a geração de ideias e abracem as múltiplas facetas da inteligência.
Mais importante do que questionar se somos ou não criativos, é entender do que a criatividade se alimenta e como cuidar dela, pois a capacidade inventiva é uma competência que pode ser desenvolvida. Mesmo que a criatividade seja inata, é necessário lubrificar as engrenagens. Lembre-se que quanto melhor tratarmos nosso cérebro e exercitá-lo, mais chances temos de ele nos recompensar com ideias criativas. E aqui vão quatro dicas práticas para estimular a criatividade:
Absorva tudo o que for referência. Conversar com pessoas, pegar um ônibus, viajar, andar pela rua (quando acabar o isolamento social, ok?), ver filmes, ouvir música – tudo isso é um exercício criativo. Na vida profissional, saiba escutar e absorver a experiência dos outros. Clientes, fornecedores e pessoas que trabalham em outros setores certamente têm um ponto de vista diferente do seu sobre temas do trabalho. Ouvir e absorver essa perspectiva pode ajudar você a resolver problemas e criar soluções mais eficientes.
Durante o processo criativo são feitas diversas conexões, as referências são filtradas e reorganizadas, criando algo novo. Isso demanda algum tempo e um certo esforço do cérebro. Muitos profissionais que trabalham com criatividade costumam dizer que têm boas ideias quando estão tomando banho ou fazendo algum trabalho manual, como lavar louça. Isso acontece, em parte, porque durante essas tarefas, a mente está “descansando” e consegue se ocupar dos processos cognitivos relacionados à criatividade. Por outro lado, uma pessoa estressada e sobrecarregada de trabalho provavelmente terá dificuldade para criar coisas novas, pois sua mente está “ocupada demais” com as tarefas imediatas e não tem tempo para fazer associações.
Apesar de a gente não poder controlar quando temos ou não uma boa ideia, é possível proporcionar um ambiente que estimule o seu aparecimento. Trabalhando o estímulo e a concentração, quando você menos espera, surge uma ideia. A criatividade pode aparecer a qualquer momento e em qualquer lugar. Por isso, esteja sempre preparado e receba a ideia de braços abertos, por mais maluca que ela seja.
Ok, há alguns processos criativos que vêm da pressão (principalmente quando se tem um prazo curto e um cliente no seu pé), mas é uma aposta arriscada, principalmente quando vira uma prática constante. As engrenagens ficam suscetíveis a travar e em algum momento, a criação de coisas novas simplesmente para.
A criação não acaba na concepção da ideia. Colocá-la em prática é parte essencial do processo criativo, uma fase chamada de inovação. Afinal, o mundo não teria acesso às ideias de Leonardo da Vinci se ele não tivesse disposto a pintar suas obras ou à imprensa, se Gutemberg não tivesse posto em prática o mecanismo que inventou para imprimir livros. Na vida cotidiana, a inovação pode ser o desenvolvimento de uma peça publicitária, a implementação de um novo processo na empresa ou a publicação de um bom texto nas redes sociais.
Tudo que vemos, ouvimos, tocamos e sentimos é bagagem para o nosso cérebro ativar a criatividade. A nossa vida é a nossa própria referência. Quanto mais vivemos, quanto mais pensamos, mais as engrenagens rodam. E manter um ambiente de trabalho com baixo nível de estresse e distrações é essencial para que o cérebro catalise essas referências em ideias inovadoras. E você, o que poderia fazer para ser mais criativo?
Esse texto foi produzido por Daniel Renattini e atualizado em 3.6.2020 por Mila de Oliveira.
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