Você sabia que crenças e estereótipos afetam nossa tomada de decisão e as dinâmicas da equipe, ainda que não notemos? É o chamado viés inconsciente. Entenda esse conceito, como ele afeta as empresas e o que fazer para reduzir seu impacto no ambiente de trabalho.
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O nosso cérebro tem que lidar uma imensa quantidade de informações por segundo. Para dar conta de tudo, ele cria “atalhos”: estabelece padrões, com base no que já conhecemos e enquadra as informações novas nessas “caixinhas” já preestabelecidas.
Uma comparação simples pode ajudar: o nosso cérebro entendeu que carros têm quatro rodas. E então encaixamos, de maneira automática e inconsciente, muitas coisas de quatro rodas na categoria “carro”, sem analisar muito. Mas pode ser um caminhão, um carrinho de bebê, uma cadeira de rodas…
Na vida, ao contrário do exemplo acima, as dinâmicas são um pouquinho mais complexas e nós colocamos pessoas e situações em caixinhas, com base no gênero, na idade, na semelhança conosco e muitos outros fatores. É a isso que chamamos vieses inconscientes.
O viés não é necessariamente intencional, e, embora seja um mecanismo natural da nossa cognição, podem reforçar estereótipos e influenciar negativamente o modo com que pensamos e agimos com os colegas de trabalho.
Os vieses impactam a maneira com que nos comportamos e tomamos decisões profissionais e pessoais. Embora seja predominantemente inconsciente e muito subjetivo, os vieses têm consequências tangíveis nas empresas e na vida das pessoas. Um resultado do viés de preconceito de gênero é a diferença salarial: no Brasil, mulheres ganham em média 20,5% a menos que homens de mesma escolaridade e perfil.
Embora com um mecanismo comum, os vieses se manifestam de formas diferentes. Há o preconceito de gênero, de raça, pela orientação sexual, a predileção por pessoas que se encaixam no padrão de beleza vigente, o viés de status quo (aquela tendência de “deixar tudo do jeito que está” e resistir à mudança), o etarismo (a discriminação em função da idade) entre muitos outros.
De forma imediata, não é possível acabar totalmente com o viés inconsciente nas empresas, mas podemos adotar uma estratégia que vise reduzir o impacto desse fenômeno. O resultado é um ambiente laboral mais diverso e equitativo, melhor comunicação nos times, contratações e promoções mais assertivas.
Promover treinamentos que tragam conceitos com os quais os colaboradores não estão familiarizados pode reduzir a curva de aprendizagem da equipe e estimular o debate.
Busque incluir colaboradores com perfil demográfico, características e interesses distintos em grupos de trabalho e nas esferas de tomada de decisão da empresa. Essa medida costuma trazer novas perspectivas e soluções mais criativas.
Promover um ambiente mais diverso requer mudança e isso incomoda algumas pessoas. Valorize o “pensar diferente de antes” e estimule que a equipe tenha uma mentalidade aberta ao novo.
Estabeleça metas de raça, gênero e outros grupos demográficos, com o objetivo de criar uma equipe mais balanceada. Dê apoio e recursos a esses grupos, para que consigam alcançar posições de liderança.
O viés inconsciente e seu impacto nas dinâmicas de trabalho é um assunto desconhecido para a maioria das pessoas. Por isso, é indispensável treinar a equipe, distribuir informação e estimular o debate.
Quanto mais consciente uma equipe é dos próprios vieses, maior a chance de superar os preconceitos e construir um ambiente mais equitativo e diverso. Além desse tema, a formação contínua deve abordar temas como a definição de critérios para a tomada de decisão, comunicação não violenta e até mesmo mindfulness (técnica de meditação/concentração que ajuda a identificar emoções e pensamentos).
A G&A é especialista em treinamentos há mais de trinta anos e pode ajudar a sua empresa a construir um ambiente com mais diversidade. Nossos treinamentos se ajustam à necessidade específica de cada cliente e podem ser presenciais ou online.
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