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Comunicação Não Violenta: 5 perguntas para a jornalista Marcela Braz

13/08/2020

Comunicação Não Violenta: 5 perguntas para a jornalista Marcela Braz

Comunicação sempre foi um tema que esteve no centro das discussões. Mas, nos últimos tempos, um assunto tem ganhado destaque: a Comunicação Não Violenta. Ela aparece no Google Trends, nos stories de influenciadores, em cursos e palestras e já foi tema de bate-papo na G&A também.

Para abordar esse tema tão necessário e atual, fizemos 5 perguntas para Marcela Braz, jornalista especializada em Comunicação Não Violenta e Educação Socioemocional.

G&A: Como podemos explicar brevemente o que é a Comunicação Não Violenta?

MB: A Comunicação Não Violenta (CNV) é uma sistematização de ferramentas para conversarmos de forma empática feita pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg. No meu ponto de vista, é também uma nova perspectiva pela qual podemos observar e viver nossas relações, tanto com os outros, como com nós mesmos.

G&A: Como a Comunicação Não Violenta pode ser aplicada em nosso dia a dia?

MB: De muitas maneiras, como a clássica, que seria seguir os quatro passos da CNV:

  • Expressar a observação do fato;
  • Qual sentimentos você teve;
  • Qual necessidade você teve;
  • Qual é seu pedido.

Lembrando sempre que, antes de ter aquela conversa desafiadora, precisamos ter a intenção de nos conectarmos com a pessoa com quem vamos conversar.

Acho que a maneira mais legal e “revolucionária” de aplicar a CNV é, sempre que possível, incorporar as premissas propostas pelo Marshall, que eu conto na próxima resposta.

G&A: Quais são os princípios da CNV que devemos sempre nos lembrar?

MB:

  • Por trás das ações de uma pessoa, estão suas necessidades ou a tentativa de satisfazê-las;
  • As pessoas, na grande maioria das vezes, não estão querendo nos prejudicar, mas sim fazendo o melhor que podem;
  • Nossos sentimentos e necessidades importam sim e precisam ser expressados, porque as relações são prejudicadas quando apenas um lado é contemplado;
  • Nossa auto responsabilidade em satisfazer nossas próprias necessidades, acima de tudo, em vez de esperar isso dos outros – essa é, talvez, uma das mais importantes.

G&A: Por que a Comunicação Não Violenta se tornou tão relevante no meio corporativo também?

MB: Porque o meio corporativo é feito de seres humanos, por mais que ele se esqueça disso e opere como se fosse composto por máquinas. Além disso, os problemas relacionais são a maior causa de insatisfação no trabalho no mundo, e o resultado prático disso é baixo engajamento e produtividade.

G&A: Quais são os aprendizados que a CNV pode gerar às empresas?

MB: A CNV pode lembrar as empresas de que os responsáveis pelo crescimento e pelo lucro delas são seres humanos, com sentimentos e necessidades. Então, pode agregar o componente humano e trazer um conhecimento aplicável tanto na empresa, como em qualquer outra situação. A CNV nos lembra como o ser humano é um ser social e ajuda a trabalhar nosso maior bem: a conexão.

 

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